segunda-feira, 12 de maio de 2008

QUESTÕES PARA ESTUDOS LINGÜÍSTICOS



PÓS-GRADUAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO DA LINGÜÍSTICA – PROF. VICENTE MARTINS
Itapipoca, 20 de outubro de 2001.

I – A partir dos estudos empreendidos, nos diversos textos, comente, à luz das correntes lingüísticas (estruturalismo, gerativismo e funcionalismo) as seguintes categorias:
1. Comente o entende deste conceito lingüístico de estruturalismo: “ toda abordagem de análise que define os fatos lingüísticos a partir das noções saussurianas de estrutura e de sistema; lingüística estrutural [Aplica-se à escola de Praga, à glossemática (escola dinamarquesa) e às teorias descritivistas norte-americanas; após 1945, o estruturalismo saiu do domínio da lingüística e conquistou posição noutras áreas do saber, como etnologia, antropologia, filosofia, sociologia, economia e teoria literária.]
Agora responda:
a) Qual a contribuição de Ferdinand de Saussure para o estruturalismo?
b) Como o estruturalismo aparece nos contextos da fonologia, gramática e semântica?
c) Em que momento do ensino da língua, podemos fazer uso da noção de estrutura profunda?
2. Comente este conceito gerativista de estrutura profunda: “representação da frase em nível abstrato, na qual se estabelecem as relações semânticas básicas entre os itens lexicais, cuja ordem linear pode ser modificada com a aplicação das transformações que forem necessárias para derivar a estrutura superficial, mantendo as relações semânticas iniciais; estrutura subjacente”
a) Como se diz que a estrutura profunda é a representação sentática abstrata de uma sentença?
b) De que forma a estrutura pode resolver ou complificar a questão da ambigüidade nas sentenças?
c) Em que momento do ensino da língua, podemos fazer uso da noção de estrutura superficial?
3. Comente este conceito gerativista de estrutura superficial:“.organização sintática da frase tal como esta efetivamente se apresenta, e resulta das transformações realizadas a partir da estrutura profunda”.
a) Por que se diz que a estrutura superficial tem a ver com o estágio final da representação sintática de uma sentença?
b) Onde aparece a noção de estrutura superficial em frases do tipo: gatos caçam ratos e ratos são caçados por gatos?
4. Comente este conceito lingüístico de estrutura: “ rede de associações que se constroem a partir de correlações e oposições entre os elementos lingüísticos”.
a) Por que se diz que a língua é uma estrutura?
b) O que são as relações paradigmáticas da língua?
c) O que são as relações sintagmáticas da língua?
5. Comente este conceito lingüístico de gerativismo ou teoria gerativista: “teoria lingüística desenvolvida por Noam Chomsky (1928-), desde 1957, que representa a capacidade lingüística humana por meio de um sistema formalizado de regras de aplicação mecânica (gramática gerativa) baseadas em princípios de caráter universal; gerativismo [Adotando o método da investigação por hipóteses, apresenta sucessivas reformulações, tb. conhecidas como modelos”.
a) Qual a contribuição de N am Chomsky para o surgimento do gerativismo?
b) Em que o gerativismo de Chomsky difere do estruturalismo de Saussure?
6. Comente estes conceitos de funcionalismo:
6.1. Funcionalismo é a teoria segundo a qual os elementos de uma língua são analisados e descritos do ponto de vista de sua função no ato da comunicação [Conforme as funções da linguagem desenvolvidas pela Escola de Praga, ou conforme as relações entre os elementos da dupla articulação, na visão de André Martinet.]
6.2. Funcionalismo é o método de análise e de descrição das unidades lingüísticas que visa definir o papel por estas desempenhado no ato da comunicação
6.3. Funcionalismo é em versão mais recente, teoria desenvolvida por lingüistas americanos (Givón e outros) segundo a qual a sintaxe emerge do discurso, as formas lingüísticas se originam em princípios comunicativos e possuem uma natureza pragmática
a) Quais são as funções da linguagem?
b) De que forma podemos trabalhar a noção de funcionalismo no campo do ensino da língua materna?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

CURSO DE DISLEXIA PARA DOCENTES

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM DISLEXIA (como lidar com crianças disléxicas em sala de aula)


INSTRUTOR: PROFESSOR MS VICENTE MARTINS


e-mail: vicente.martins@uol.com.br


1. EmentaEstratégias de intervenção didática na reabilitação de educandos com necessidades educacionais especiais, particularmente as dificuldades específicas em leitura. Métodos, técnicas e recursos para o tratamento da dislexia em sala de aula. 2. Natureza do curso


A leitura está tão presente m nossas vidas que acaba por nos parecer uma atividade “natural”, como a visão ou a audição. Basta pensar no que ocorre quando aparece ante nossos olhos uma palavra escrita, ma vez vista é impossível no lê-la, como quando vemos um objeto ou ouvimos um som não podemos nos negar a percebê-los.


Lemos, pois, com a mesma espontaneidade e gratuidade com a que reconhecemos um objeto, um rosto ou uma melodia. Talvez por isso nos rebelamos ante a evidência de uma parte importante de nossos alunos escolarizados mostram graves insuficiências e dificuldades no seu domínio. Parece como se esperássemos que esta facilidade com a que trabalhamos na leitura, lhe correspondesse outra semelhante para alcançar seu domínio. Nada mais longe, no entanto, da realidade.A leitura precisa um longo e em certa medida laborioso processo de aprendizagem, no que devemos adquirirr e automatizar um amplo número de habilidades que tem de operar de uma forma ordenadaPor tudo isso, ao fracassar na leitura, truncamos um amplo conjunto de possibilidade expressivas e receptivas que são decisivas para adquirir tudo quanto nossa cultura reclama a seus membros.

3. Objetivos Valorizar e conhecer a importância dos distintos pré-requisitos necessários parta uma correta aprendizagem da leitura Estudar e analisar as principaisv investigações sobre leitura e os modelos explicativos mais relevantesv Proporcionar conhecimentos básicos sobre os processos psicológicos envolvidos na leitura Conhecer as dificuldades mais comuns que podem ocorrer em sala dev aula: atraso leitor e dislexias. Conhecer os métodos, técnicos e recursos para seu tratamento. Elaborar estratégias de intervenção didática nav aprendizagem e reabilitação das dificuldades leitoras4. Conteúdos


Tema 1.- MECANISMOS NEUROBIOLÓGICOS DA LEITURA1.1. Estruturas receptivo-visuais1.2. Canal informante óptico1.3. Áreas receptoras costicais do sistema visual Tema 2. – DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA2.1. Evolução histórica dos estudos sobre as dificuldades de aprendizagem da leitura2.2. Maturidade para a leitura. Pré-requisitos para a aprendizagem da leitura como processo de decodificação- Desenvolvimento da consciência fonológica- Fatores lingüísticos- Fatores cognitivos2.3. Processos psicológicos envolvidos na leitura- Processos perceptivo-visuais- Proceso de acesso ao signifiado- processo sintático e semântico


Tema 3. – ALTERAÇÕES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA3.1. Atraso leitor versus dislexia3.2. Tipos de dislexia- Dislexia evolutiva- Dislexia profunda3.3. Conceito, tipologia, avaliação e intervençãoTema 4. – PROVAS PADRONIZADAS PARA A AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO EM LEITURA4.1. Estudo de casos4.2. Escalas, provas, testeTeste de análise em leitura4.3. Programa de treinamento em leitura 5. Metodologia Exposição dos temas treóricos básicos (servindo-se dev apoios visuais, power-point, vídeos) estabelecendo uma relação e comunicação com os alunos, que estiume seu interesse pelo conhecimento, em uma clima de participação e intercâmbio. Reflexão pessoal e participação, nas atividadesv de sala de aula, são fundamentais no desenvolvimento do curso. Elaboração conjunta com os alunos do vocabulário específico na área de dislexiologiaEntrega de resenhas e pequenos artigos e apoio bibliográficoExposição em sala de casos preparados pelos alunos


6. Critérios de avaliação e qualificaçãoRealizar-se-á através de: Provas escritas, perguntas oriaisv na sala de aula e entrega de trabalhos práticos relacionados com o programa do curso Realizar-se-ão duas provas e scritas, uma por cada 8 horas dev atividade. Participação na condução da sala de aula com perguntas sobrev dúvidas e comunicação sobre experiências do tema tratado. Exposição dev casos, leituras, em sala de aula, nos que mostram sua capacidade de organização, síntese, uso correto do vocabulário específico, fundamentação teórica e prática e expressão oral Respeito aos demais alunos e professor manifestado por suav conduta conduta de atenção e interesse durante as aulas


7. Bibliografia1. ALLIEND, G. Felipe, CONDEMARÍN, Mabel. Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Tradução de José Cláudio de Almeida Abreu. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. 2. COLOMER, Teresa, CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. 3. CONDEMARÍN, Mabel e MEDINA, Alejandra. A avaliação autêntica: um meio para melhorar as competências em linguagem e comunicação. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre? Artmed, 2005 4. CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. Dislexia: manual de leitura corretiva. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 5. TACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala e linguagem: um manual do profissional. Tradução de Magda França Lopes.Porto Alegre: Artmed, 2004. pp.183-202. 6. FULGENCIO, Lúcia, LIBERATO, Yara Goulart. Como facilitar a leitura. São Paulo: Contexto, 1992. (Coleção repensando a língua portuguesa) 7. GALLEGO, Maria Soledad Carrillo, SERRANO, Javier Marin. Desarrollo metafonológico e adquisición de la lectura: un estudio de entrenamiento. Madrid: CIDE, 1996. (colección investigación, n.122) 8. GARCIA, Jesus Nicacio. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 26. LECOURS, André Roch, PARENTE, Maria Alice de Mattos Pimenta. Dislexia: implicações do sistema de escrita do português. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 9. MARTINS, Vicente. A dislexia em sala de aula. In: PINTO, Maria Alice (org.). Psicopedagogia: diversas faces, múltiplos olhares. São Paulo: Olho d’Água, 2003. 28. MORAIS, José. A arte de ler. São Paulo: Unesp, 1996. 10. PÉREZ, Francisco Carvajal, García, Joaquín Ramos (orgs). Ensinar ou aprender a ler e a escrever? Aspectos teóricos do processo de construção significativa, funcionamento e compartilhada do código escrito. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 11. SNOWLING, Margaret e STACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala e linguagem: um manual do profissional. Tradução de Magda França Lopes.Porto Alegre: Artmed, 2004. O professor Vicente Martins, palestrante, mestre em educação pela Universidade Federal do Ceará(UFC), graduado e pós-graduado em Letras pela Universidade Estadual do Ceará(UECE). Há 14 anos, é professor do Curso de Letras (graduação e pós-graduação) e de Psicopedagogia (pós-Graduação) da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA, em Sobral, Estado do Ceará, Brasil). Dedica-se, entusiasticamente, ao estudo e pesquisa sobre as dificuldades de aprendizagem em leitura (dislexia), escrita(disgrafia) e ortografia(disortografia). E-mail: vicente.martins@uol.com.br


Dúvidas Freqüentes sobre CURSO DE DISLEXIA A DISTANCIA



1. O que é educação a distância (EAD)?De acordo com a legislação educacional brasileira, "educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação." (definição que consta no Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB lei n.º 9.394/96.). 2. Qual a abrangência?A abrangência é Nacional e Internacional.


3. Os cursos a distância têm o mesmo valor de um curso presencial?Sob o ponto de vista da exposição de conteúdos, sim. Os cursos à distância exigem mais dos alunos no que se refere à autodisciplina para o cumprimento de prazos. Porém, são mais objetivos do que os presenciais, pois o hipertexto evita as digressões comuns a muitos professores em sala de aula.


4. Existe algum pré-requisito para fazer um curso a distância?Para os Cursos de Diagnóstico Psicopedagógico, que são muito específicos de uma determinada área e exigem conhecimentos prévios,somente poderão inscrever-se aqueles que comprovem a titulação requerida para o público a que se destinam.


5. Quais as vantagens da educação a distância? a. O aluno pode escolher e gerenciar com autonomia o seu horário e o seu local de estudo, conforme suas necessidades, a qualquer tempo e lugar. b. Permite com que questões como distância geográfica, horários de trabalho, etc.. não existam c. Custos reduzidos d. Pedagogia inovadora e. Autonomia do aluno f. Interatividade entre alunos, professores e técnicos de apoio g. Apoio com conteúdos digitais adicionais h. Metodologia orientada para educação de adultos i. Conteúdos desenvolvidos com orientação de aplicabilidade 6. O que é o Sistema Tutorial?O Sistema Tutorial é formado por especialistas em educação à distância e na área do conhecimento específico do curso. A equipe que faz parte deste sistema engloba: o coordenador do curso, o professor conteudista, o professor tutor e o monitor.O coordenador do curso é o responsável pela organização e o desenvolvimento do projeto pedagógico e do curso. Coordena o andamento didático-pedagógico zelando pela qualidade do ensino, adequação do currículo e as atividades de pesquisa e extensão. Reúne os professores responsáveis para ministrar as diferentes disciplinas. Articula os conteúdos com os professores autores. Orienta e acompanha o trabalho dos professores tutores e supervisiona o andamento dos aspectos técnicos do curso com o trabalho dos monitores. O professor conteudista é o responsável pela elaboração dos conteúdos das disciplinas que integram o curso. Ele faz também a seleção das estratégias de ensino e aprendizagem que serão aplicadas. Além disso, quando não exerce a tutoria, orienta o professor tutor nas questões relativas ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos, no processo de ensino-aprendizagem e de avaliação.O professor tutor é um mediador no processo de ensino-aprendizagem, sendo o responsável pela motivação dos alunos e pela criação de oportunidades de aprendizagem. Ele acompanha os alunos durante o desenvolvimento das atividades de cada disciplina ou módulos, orientando-os na realização das mesmas.É o responsável pela realização da avaliação da aprendizagem, fornecendo conceitos ou notas ao final do curso. É um profissional que domina o conteúdo do curso de forma que pode auxiliar os alunos a sanar suas dúvidas. O monitor é um profissional que auxilia o aluno de forma sistemática e colaborativa em questões administrativas, na motivação para os estudos e no acompanhamento do processo ensino aprendizagem.O monitor colabora no sentido de humanizar e auxiliar o aluno no desenvolvimento de sua autonomia de estudos. A monitoria não está envolvida com questões de conteúdo, nem influencia no processo de avaliação da aprendizagem. O foco da monitoria é dar o suporte técnico, administrativo e motivacional, garantindo ao aluno segurança e bem-estar.Estes profissionais estão à disposição do aluno durante todo o curso. 7. Como é a metodologia do EducEAD?Os avanços da educação à distância têm comprovado que um aluno pode aprender eficazmente e de maneira independente diversos conteúdos científicos, sempre que possa contar com uma tecnologia educacional adequada.São fundamentais em nossa metodologia quatro elementos: a. O material instrucional:completo manual que orienta o aluno no uso do ambiente educacional, incluindo os passos a seguir durante o curso; b. Os recursos didáticos: hipertexto objetivo, de fácil leitura e visualização, com ícones que orientam a aprendizagem do aluno, ressaltando os pontos mais importantes de cada lição, inclusão de áudio e vídeo que facilitam a assimilação dos conteúdos; indicação de leituras complementares e materiais de apoio que podem ser adquiridos on line; c. O sistema de apoio tutorial: tutoria no próprio ambiente de Aprendizagem por meio de chats e fóruns de discussão; atendimento ao aluno por e-mail e telefone; d. O sistema de avaliação: totalmente à distância, utiliza critérios de mediação que incentivam a continuidade de estudos e eleva a auto-estima. Permite que o aluno se auto avalie e acompanhe seu rendimento, estimulando a metacognição. 8. O que é possível fazer no Ambiente Virtual de Aprendizagem da EducEAD?Acessar conteúdos e atividades do curso/disciplina; Realizar diferentes atividades planejadas para propiciar sua aprendizagem ativa; Interagir com os colegas virtuais trocando idéias, debatendo ou colaborando com seus trabalhos; Interagir com o professor tutor; Acompanhar sua trajetória através do relatório de atividades. 9. O que são encontros presenciais?Há cursos que incluem encontros presenciais, nos quais há aulas convencionais. Tais encontros não estão previstos em nossos cursos, que são totalmente realizados no ambiente virtual de aprendizagem. Certificados emitidos pela Fundação Aprender e o Psicopedagogia On Line

Informações sobre curso de dislexia a distância:

· Pelo site: http://www.psicopedagogia.com.br
· Informações por e-mail: falar com Maria Alice: comentarios@psicopedagogia.com.br
· Informações com sr. Líbero pelo e-mail: autor@educead.com.br

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM DISLEXIA

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM DISLEXIA (como lidar com crianças disléxicas em sala de aula) INSTRUTOR: PROFESSOR MS VICENTE MARTINSe-mail: vicente.martins@uol.com.br

1. EmentaEstratégias de intervenção didática na reabilitação de educandos com necessidades educacionais especiais, particularmente as dificuldades específicas em leitura. Métodos, técnicas e recursos para o tratamento da dislexia em sala de aula.

2. Natureza do curso


A leitura está tão presente m nossas vidas que acaba por nos parecer uma atividade “natural”, como a visão ou a audição. Basta pensar no que ocorre quando aparece ante nossos olhos uma palavra escrita, ma vez vista é impossível no lê-la, como quando vemos um objeto ou ouvimos um som não podemos nos negar a percebê-los. Lemos, pois, com a mesma espontaneidade e gratuidade com a que reconhecemos um objeto, um rosto ou uma melodia. Talvez por isso nos rebelamos ante a evidência de uma parte importante de nossos alunos escolarizados mostram graves insuficiências e dificuldades no seu domínio.

Parece como se esperássemos que esta facilidade com a que trabalhamos na leitura, lhe correspondesse outra semelhante para alcançar seu domínio. Nada mais longe, no entanto, da realidade.A leitura precisa um longo e em certa medida laborioso processo de aprendizagem, no que devemos adquirirr e automatizar um amplo número de habilidades que tem de operar de uma forma ordenadaPor tudo isso, ao fracassar na leitura, truncamos um amplo conjunto de possibilidade expressivas e receptivas que são decisivas para adquirir tudo quanto nossa cultura reclama a seus membros.

3. Objetivos Valorizar ev conhecer a importância dos distintos pré-requisitos necessários parta uma correta aprendizagem da leitura Estudar e analisar as principaisv investigações sobre leitura e os modelos explicativos mais relevantesv Proporcionar conhecimentos básicos sobre os processos psicológicos envolvidos na leitura Conhecer as dificuldades mais comuns que podem ocorrer em sala dev aula: atraso leitor e dislexias. Conhecer os métodos, técnicos e recursos para seu tratamento. Elaborar estratégias de intervenção didática nav aprendizagem e reabilitação das dificuldades leitoras4. Conteúdos

Tema 1.- MECANISMOS NEUROBIOLÓGICOS DA LEITURA1.1. Estruturas receptivo-visuais1.2. Canal informante óptico1.3. Áreas receptoras costicais do sistema visual


Tema 2. – DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA2.1. Evolução histórica dos estudos sobre as dificuldades de aprendizagem da leitura2.2. Maturidade para a leitura. Pré-requisitos para a aprendizagem da leitura como processo de decodificação- Desenvolvimento da consciência fonológica- Fatores lingüísticos- Fatores cognitivos2.3. Processos psicológicos envolvidos na leitura- Processos perceptivo-visuais- Proceso de acesso ao signifiado- processo sintático e semântico

Tema 3. – ALTERAÇÕES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA3.1. Atraso leitor versus dislexia3.2. Tipos de dislexia- Dislexia evolutiva- Dislexia profunda3.3. Conceito, tipologia, avaliação e intervençãoTema 4. – PROVAS PADRONIZADAS PARA A AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO EM LEITURA4.1. Estudo de casos4.2. Escalas, provas, testeTeste de análise em leitura4.3. Programa de treinamento em leitura 5. Metodologia Exposição dos temas treóricos básicos (servindo-se dev apoios visuais, power-point, vídeos) estabelecendo uma relação e comunicação com os alunos, que estiume seu interesse pelo conhecimento, em uma clima de participação e intercâmbio. Reflexão pessoal e participação, nas atividadesv de sala de aula, são fundamentais no desenvolvimento do curso. Elaboração conjunta com os alunos do vocabulário específico na área de dislexiologiaEntrega de resenhas e pequenos artigos e apoio bibliográficoExposição em sala de casos preparados pelos alunos

6. Critérios de avaliação e qualificaçãoRealizar-se-á através de: Provas escritas, perguntas oriaisv na sala de aula e entrega de trabalhos práticos relacionados com o programa do curso Realizar-se-ão duas provas e scritas, uma por cada 8 horas dev atividade. Participação na condução da sala de aula com perguntas sobrev dúvidas e comunicação sobre experiências do tema tratado. Exposição dev casos, leituras, em sala de aula, nos que mostram sua capacidade de organização, síntese, uso correto do vocabulário específico, fundamentação teórica e prática e expressão oral Respeito aos demais alunos e professor manifestado por suav conduta conduta de atenção e interesse durante as aulas

7. Bibliografia1. ALLIEND, G. Felipe, CONDEMARÍN, Mabel. Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Tradução de José Cláudio de Almeida Abreu. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. 2. COLOMER, Teresa, CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. 3. CONDEMARÍN, Mabel e MEDINA, Alejandra. A avaliação autêntica: um meio para melhorar as competências em linguagem e comunicação. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre? Artmed, 2005 4. CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. Dislexia: manual de leitura corretiva. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 5. TACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala e linguagem: um manual do profissional. Tradução de Magda França Lopes.Porto Alegre: Artmed, 2004. pp.183-202. 6. FULGENCIO, Lúcia, LIBERATO, Yara Goulart. Como facilitar a leitura. São Paulo: Contexto, 1992. (Coleção repensando a língua portuguesa) 7. GALLEGO, Maria Soledad Carrillo, SERRANO, Javier Marin. Desarrollo metafonológico e adquisición de la lectura: un estudio de entrenamiento. Madrid: CIDE, 1996. (colección investigación, n.122) 8. GARCIA, Jesus Nicacio. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 26. LECOURS, André Roch, PARENTE, Maria Alice de Mattos Pimenta. Dislexia: implicações do sistema de escrita do português. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 9. MARTINS, Vicente. A dislexia em sala de aula. In: PINTO, Maria Alice (org.). Psicopedagogia: diversas faces, múltiplos olhares. São Paulo: Olho d’Água, 2003. 28. MORAIS, José. A arte de ler. São Paulo: Unesp, 1996. 10. PÉREZ, Francisco Carvajal, García, Joaquín Ramos (orgs). Ensinar ou aprender a ler e a escrever? Aspectos teóricos do processo de construção significativa, funcionamento e compartilhada do código escrito. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 11. SNOWLING, Margaret e STACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala e linguagem: um manual do profissional. Tradução de Magda França Lopes.Porto Alegre: Artmed, 2004. O professor Vicente Martins, palestrante, mestre em educação pela Universidade Federal do Ceará(UFC), graduado e pós-graduado em Letras pela Universidade Estadual do Ceará(UECE). Há 14 anos, é professor do Curso de Letras (graduação e pós-graduação) e de Psicopedagogia (pós-Graduação) da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA, em Sobral, Estado do Ceará, Brasil). Dedica-se, entusiasticamente, ao estudo e pesquisa sobre as dificuldades de aprendizagem em leitura (dislexia), escrita(disgrafia) e ortografia(disortografia). E-mail: vicente.martins@uol.com.br Dúvidas Freqüentes sobre CURSO DE DISLEXIA A DISTANCIA
1. O que é educação a distância (EAD)?De acordo com a legislação educacional brasileira, "educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação." (definição que consta no Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB lei n.º 9.394/96.).
2. Qual a abrangência?A abrangência é Nacional e Internacional. 3. Os cursos a distância têm o mesmo valor de um curso presencial?Sob o ponto de vista da exposição de conteúdos, sim. Os cursos à distância exigem mais dos alunos no que se refere à autodisciplina para o cumprimento de prazos. Porém, são mais objetivos do que os presenciais, pois o hipertexto evita as digressões comuns a muitos professores em sala de aula.
4. Existe algum pré-requisito para fazer um curso a distância?Para os Cursos de Diagnóstico Psicopedagógico, que são muito específicos de uma determinada área e exigem conhecimentos prévios,somente poderão inscrever-se aqueles que comprovem a titulação requerida para o público a que se destinam.
5. Quais as vantagens da educação a distância?
a. O aluno pode escolher e gerenciar com autonomia o seu horário e o seu local de estudo, conforme suas necessidades, a qualquer tempo e lugar.
b. Permite com que questões como distância geográfica, horários de trabalho, etc.. não existam c. Custos reduzidos d. Pedagogia inovadora e. Autonomia do aluno f. Interatividade entre alunos, professores e técnicos de apoio g. Apoio com conteúdos digitais adicionais h. Metodologia orientada para educação de adultos i. Conteúdos desenvolvidos com orientação de aplicabilidade
6. O que é o Sistema Tutorial?O Sistema Tutorial é formado por especialistas em educação à distância e na área do conhecimento específico do curso. A equipe que faz parte deste sistema engloba: o coordenador do curso, o professor conteudista, o professor tutor e o monitor.O coordenador do curso é o responsável pela organização e o desenvolvimento do projeto pedagógico e do curso. Coordena o andamento didático-pedagógico zelando pela qualidade do ensino, adequação do currículo e as atividades de pesquisa e extensão. Reúne os professores responsáveis para ministrar as diferentes disciplinas. Articula os conteúdos com os professores autores. Orienta e acompanha o trabalho dos professores tutores e supervisiona o andamento dos aspectos técnicos do curso com o trabalho dos monitores. O professor conteudista é o responsável pela elaboração dos conteúdos das disciplinas que integram o curso. Ele faz também a seleção das estratégias de ensino e aprendizagem que serão aplicadas. Além disso, quando não exerce a tutoria, orienta o professor tutor nas questões relativas ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos, no processo de ensino-aprendizagem e de avaliação.O professor tutor é um mediador no processo de ensino-aprendizagem, sendo o responsável pela motivação dos alunos e pela criação de oportunidades de aprendizagem. Ele acompanha os alunos durante o desenvolvimento das atividades de cada disciplina ou módulos, orientando-os na realização das mesmas.É o responsável pela realização da avaliação da aprendizagem, fornecendo conceitos ou notas ao final do curso. É um profissional que domina o conteúdo do curso de forma que pode auxiliar os alunos a sanar suas dúvidas. O monitor é um profissional que auxilia o aluno de forma sistemática e colaborativa em questões administrativas, na motivação para os estudos e no acompanhamento do processo ensino aprendizagem.O monitor colabora no sentido de humanizar e auxiliar o aluno no desenvolvimento de sua autonomia de estudos. A monitoria não está envolvida com questões de conteúdo, nem influencia no processo de avaliação da aprendizagem. O foco da monitoria é dar o suporte técnico, administrativo e motivacional, garantindo ao aluno segurança e bem-estar.Estes profissionais estão à disposição do aluno durante todo o curso.
7. Como é a metodologia do EducEAD?Os avanços da educação à distância têm comprovado que um aluno pode aprender eficazmente e de maneira independente diversos conteúdos científicos, sempre que possa contar com uma tecnologia educacional adequada.São fundamentais em nossa metodologia quatro elementos:
a. O material instrucional:completo manual que orienta o aluno no uso do ambiente educacional, incluindo os passos a seguir durante o curso; b. Os recursos didáticos: hipertexto objetivo, de fácil leitura e visualização, com ícones que orientam a aprendizagem do aluno, ressaltando os pontos mais importantes de cada lição, inclusão de áudio e vídeo que facilitam a assimilação dos conteúdos; indicação de leituras complementares e materiais de apoio que podem ser adquiridos on line; c. O sistema de apoio tutorial: tutoria no próprio ambiente de Aprendizagem por meio de chats e fóruns de discussão; atendimento ao aluno por e-mail e telefone; d. O sistema de avaliação: totalmente à distância, utiliza critérios de mediação que incentivam a continuidade de estudos e eleva a auto-estima. Permite que o aluno se auto avalie e acompanhe seu rendimento, estimulando a metacognição. 8. O que é possível fazer no Ambiente Virtual de Aprendizagem da EducEAD?Acessar conteúdos e atividades do curso/disciplina; Realizar diferentes atividades planejadas para propiciar sua aprendizagem ativa; Interagir com os colegas virtuais trocando idéias, debatendo ou colaborando com seus trabalhos; Interagir com o professor tutor; Acompanhar sua trajetória através do relatório de atividades.
9. O que são encontros presenciais?Há cursos que incluem encontros presenciais, nos quais há aulas convencionais. Tais encontros não estão previstos em nossos cursos, que são totalmente realizados no ambiente virtual de aprendizagem. Certificados emitidos pela Fundação Aprender e o Psicopedagogia On Line


Informações sobre curso de dislexia a distância:


· Pelo site: http://www.psicopedagogia.com.br

· Informações por e-mail: falar com Maria Alice:
comentarios@psicopedagogia.com.br

· Informações com sr. Líbero pelo e-mail: autor@educead.com.br

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM DISLEXIA

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM DISLEXIA (como lidar com crianças disléxicas em sala de aula) INSTRUTOR: PROFESSOR MS VICENTE MARTINSe-mail: vicente.martins@uol.com.br
1. EmentaEstratégias de intervenção didática na reabilitação de educandos com necessidades educacionais especiais, particularmente as dificuldades específicas em leitura. Métodos, técnicas e recursos para o tratamento da dislexia em sala de aula.

2. Natureza do cursoA leitura está tão presente m nossas vidas que acaba por nos parecer uma atividade “natural”, como a visão ou a audição. Basta pensar no que ocorre quando aparece ante nossos olhos uma palavra escrita, ma vez vista é impossível no lê-la, como quando vemos um objeto ou ouvimos um som não podemos nos negar a percebê-los. Lemos, pois, com a mesma espontaneidade e gratuidade com a que reconhecemos um objeto, um rosto ou uma melodia. Talvez por isso nos rebelamos ante a evidência de uma parte importante de nossos alunos escolarizados mostram graves insuficiências e dificuldades no seu domínio.

Parece como se esperássemos que esta facilidade com a que trabalhamos na leitura, lhe correspondesse outra semelhante para alcançar seu domínio. Nada mais longe, no entanto, da realidade.A leitura precisa um longo e em certa medida laborioso processo de aprendizagem, no que devemos adquirirr e automatizar um amplo número de habilidades que tem de operar de uma forma ordenadaPor tudo isso, ao fracassar na leitura, truncamos um amplo conjunto de possibilidade expressivas e receptivas que são decisivas para adquirir tudo quanto nossa cultura reclama a seus membros.

3. Objetivos Valorizar ev conhecer a importância dos distintos pré-requisitos necessários parta uma correta aprendizagem da leitura Estudar e analisar as principaisv investigações sobre leitura e os modelos explicativos mais relevantesv Proporcionar conhecimentos básicos sobre os processos psicológicos envolvidos na leitura Conhecer as dificuldades mais comuns que podem ocorrer em sala dev aula: atraso leitor e dislexias. Conhecer os métodos, técnicos e recursos para seu tratamento. Elaborar estratégias de intervenção didática nav aprendizagem e reabilitação das dificuldades leitoras4. Conteúdos

Tema 1.- MECANISMOS NEUROBIOLÓGICOS DA LEITURA1.1. Estruturas receptivo-visuais1.2. Canal informante óptico1.3. Áreas receptoras costicais do sistema visual


Tema 2. – DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA2.1. Evolução histórica dos estudos sobre as dificuldades de aprendizagem da leitura2.2. Maturidade para a leitura. Pré-requisitos para a aprendizagem da leitura como processo de decodificação- Desenvolvimento da consciência fonológica- Fatores lingüísticos- Fatores cognitivos2.3. Processos psicológicos envolvidos na leitura- Processos perceptivo-visuais- Proceso de acesso ao signifiado- processo sintático e semântico

Tema 3. – ALTERAÇÕES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA3.1. Atraso leitor versus dislexia3.2. Tipos de dislexia- Dislexia evolutiva- Dislexia profunda3.3. Conceito, tipologia, avaliação e intervençãoTema 4. – PROVAS PADRONIZADAS PARA A AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO EM LEITURA4.1. Estudo de casos4.2. Escalas, provas, testeTeste de análise em leitura4.3. Programa de treinamento em leitura 5. Metodologia Exposição dos temas treóricos básicos (servindo-se dev apoios visuais, power-point, vídeos) estabelecendo uma relação e comunicação com os alunos, que estiume seu interesse pelo conhecimento, em uma clima de participação e intercâmbio. Reflexão pessoal e participação, nas atividadesv de sala de aula, são fundamentais no desenvolvimento do curso. Elaboração conjunta com os alunos do vocabulário específico na área de dislexiologiaEntrega de resenhas e pequenos artigos e apoio bibliográficoExposição em sala de casos preparados pelos alunos

6. Critérios de avaliação e qualificaçãoRealizar-se-á através de: Provas escritas, perguntas oriaisv na sala de aula e entrega de trabalhos práticos relacionados com o programa do curso Realizar-se-ão duas provas e scritas, uma por cada 8 horas dev atividade. Participação na condução da sala de aula com perguntas sobrev dúvidas e comunicação sobre experiências do tema tratado. Exposição dev casos, leituras, em sala de aula, nos que mostram sua capacidade de organização, síntese, uso correto do vocabulário específico, fundamentação teórica e prática e expressão oral Respeito aos demais alunos e professor manifestado por suav conduta conduta de atenção e interesse durante as aulas

7. Bibliografia1. ALLIEND, G. Felipe, CONDEMARÍN, Mabel. Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Tradução de José Cláudio de Almeida Abreu. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. 2. COLOMER, Teresa, CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. 3. CONDEMARÍN, Mabel e MEDINA, Alejandra. A avaliação autêntica: um meio para melhorar as competências em linguagem e comunicação. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre? Artmed, 2005 4. CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. Dislexia: manual de leitura corretiva. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 5. TACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala e linguagem: um manual do profissional. Tradução de Magda França Lopes.Porto Alegre: Artmed, 2004. pp.183-202. 6. FULGENCIO, Lúcia, LIBERATO, Yara Goulart. Como facilitar a leitura. São Paulo: Contexto, 1992. (Coleção repensando a língua portuguesa) 7. GALLEGO, Maria Soledad Carrillo, SERRANO, Javier Marin. Desarrollo metafonológico e adquisición de la lectura: un estudio de entrenamiento. Madrid: CIDE, 1996. (colección investigación, n.122) 8. GARCIA, Jesus Nicacio. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 26. LECOURS, André Roch, PARENTE, Maria Alice de Mattos Pimenta. Dislexia: implicações do sistema de escrita do português. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 9. MARTINS, Vicente. A dislexia em sala de aula. In: PINTO, Maria Alice (org.). Psicopedagogia: diversas faces, múltiplos olhares. São Paulo: Olho d’Água, 2003. 28. MORAIS, José. A arte de ler. São Paulo: Unesp, 1996. 10. PÉREZ, Francisco Carvajal, García, Joaquín Ramos (orgs). Ensinar ou aprender a ler e a escrever? Aspectos teóricos do processo de construção significativa, funcionamento e compartilhada do código escrito. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 11. SNOWLING, Margaret e STACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala e linguagem: um manual do profissional. Tradução de Magda França Lopes.Porto Alegre: Artmed, 2004. O professor Vicente Martins, palestrante, mestre em educação pela Universidade Federal do Ceará(UFC), graduado e pós-graduado em Letras pela Universidade Estadual do Ceará(UECE). Há 14 anos, é professor do Curso de Letras (graduação e pós-graduação) e de Psicopedagogia (pós-Graduação) da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA, em Sobral, Estado do Ceará, Brasil). Dedica-se, entusiasticamente, ao estudo e pesquisa sobre as dificuldades de aprendizagem em leitura (dislexia), escrita(disgrafia) e ortografia(disortografia). E-mail: vicente.martins@uol.com.br Dúvidas Freqüentes sobre CURSO DE DISLEXIA A DISTANCIA
1. O que é educação a distância (EAD)?De acordo com a legislação educacional brasileira, "educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação." (definição que consta no Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB lei n.º 9.394/96.).
2. Qual a abrangência?A abrangência é Nacional e Internacional. 3. Os cursos a distância têm o mesmo valor de um curso presencial?Sob o ponto de vista da exposição de conteúdos, sim. Os cursos à distância exigem mais dos alunos no que se refere à autodisciplina para o cumprimento de prazos. Porém, são mais objetivos do que os presenciais, pois o hipertexto evita as digressões comuns a muitos professores em sala de aula.
4. Existe algum pré-requisito para fazer um curso a distância?Para os Cursos de Diagnóstico Psicopedagógico, que são muito específicos de uma determinada área e exigem conhecimentos prévios,somente poderão inscrever-se aqueles que comprovem a titulação requerida para o público a que se destinam.
5. Quais as vantagens da educação a distância?
a. O aluno pode escolher e gerenciar com autonomia o seu horário e o seu local de estudo, conforme suas necessidades, a qualquer tempo e lugar.
b. Permite com que questões como distância geográfica, horários de trabalho, etc.. não existam c. Custos reduzidos d. Pedagogia inovadora e. Autonomia do aluno f. Interatividade entre alunos, professores e técnicos de apoio g. Apoio com conteúdos digitais adicionais h. Metodologia orientada para educação de adultos i. Conteúdos desenvolvidos com orientação de aplicabilidade
6. O que é o Sistema Tutorial?O Sistema Tutorial é formado por especialistas em educação à distância e na área do conhecimento específico do curso. A equipe que faz parte deste sistema engloba: o coordenador do curso, o professor conteudista, o professor tutor e o monitor.O coordenador do curso é o responsável pela organização e o desenvolvimento do projeto pedagógico e do curso. Coordena o andamento didático-pedagógico zelando pela qualidade do ensino, adequação do currículo e as atividades de pesquisa e extensão. Reúne os professores responsáveis para ministrar as diferentes disciplinas. Articula os conteúdos com os professores autores. Orienta e acompanha o trabalho dos professores tutores e supervisiona o andamento dos aspectos técnicos do curso com o trabalho dos monitores. O professor conteudista é o responsável pela elaboração dos conteúdos das disciplinas que integram o curso. Ele faz também a seleção das estratégias de ensino e aprendizagem que serão aplicadas. Além disso, quando não exerce a tutoria, orienta o professor tutor nas questões relativas ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos, no processo de ensino-aprendizagem e de avaliação.O professor tutor é um mediador no processo de ensino-aprendizagem, sendo o responsável pela motivação dos alunos e pela criação de oportunidades de aprendizagem. Ele acompanha os alunos durante o desenvolvimento das atividades de cada disciplina ou módulos, orientando-os na realização das mesmas.É o responsável pela realização da avaliação da aprendizagem, fornecendo conceitos ou notas ao final do curso. É um profissional que domina o conteúdo do curso de forma que pode auxiliar os alunos a sanar suas dúvidas. O monitor é um profissional que auxilia o aluno de forma sistemática e colaborativa em questões administrativas, na motivação para os estudos e no acompanhamento do processo ensino aprendizagem.O monitor colabora no sentido de humanizar e auxiliar o aluno no desenvolvimento de sua autonomia de estudos. A monitoria não está envolvida com questões de conteúdo, nem influencia no processo de avaliação da aprendizagem. O foco da monitoria é dar o suporte técnico, administrativo e motivacional, garantindo ao aluno segurança e bem-estar.Estes profissionais estão à disposição do aluno durante todo o curso.
7. Como é a metodologia do EducEAD?Os avanços da educação à distância têm comprovado que um aluno pode aprender eficazmente e de maneira independente diversos conteúdos científicos, sempre que possa contar com uma tecnologia educacional adequada.São fundamentais em nossa metodologia quatro elementos:
a. O material instrucional:completo manual que orienta o aluno no uso do ambiente educacional, incluindo os passos a seguir durante o curso; b. Os recursos didáticos: hipertexto objetivo, de fácil leitura e visualização, com ícones que orientam a aprendizagem do aluno, ressaltando os pontos mais importantes de cada lição, inclusão de áudio e vídeo que facilitam a assimilação dos conteúdos; indicação de leituras complementares e materiais de apoio que podem ser adquiridos on line; c. O sistema de apoio tutorial: tutoria no próprio ambiente de Aprendizagem por meio de chats e fóruns de discussão; atendimento ao aluno por e-mail e telefone; d. O sistema de avaliação: totalmente à distância, utiliza critérios de mediação que incentivam a continuidade de estudos e eleva a auto-estima. Permite que o aluno se auto avalie e acompanhe seu rendimento, estimulando a metacognição. 8. O que é possível fazer no Ambiente Virtual de Aprendizagem da EducEAD?Acessar conteúdos e atividades do curso/disciplina; Realizar diferentes atividades planejadas para propiciar sua aprendizagem ativa; Interagir com os colegas virtuais trocando idéias, debatendo ou colaborando com seus trabalhos; Interagir com o professor tutor; Acompanhar sua trajetória através do relatório de atividades.
9. O que são encontros presenciais?Há cursos que incluem encontros presenciais, nos quais há aulas convencionais. Tais encontros não estão previstos em nossos cursos, que são totalmente realizados no ambiente virtual de aprendizagem. Certificados emitidos pela Fundação Aprender e o Psicopedagogia On Line
Informações sobre curso de dislexia a distância:
· Pelo site: http://www.psicopedagogia.com.br
· Informações por e-mail: falar com Maria Alice:
comentarios@psicopedagogia.com.br
· Informações com sr. Líbero pelo e-mail: autor@educead.com.br

domingo, 14 de outubro de 2007

FONÉTICA E FONOLOGIA. O QUE É ISSO?

2.1. Estudos Fonéticos do Português


Traçarei aqui um breve panorama dos estudos lingüísticos na área de Fonética, Fonologia e Fonêmica. Para tanto, apropriar-me-ei dos verbetes Fonética e Fonologia em http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/F/fonetica.htm. Farei uma ligeira adaptação e refundição do português europeu para nosso português brasileiro.

Na Europa, tomando como referência a Universidade Nova de Lisboa, o Ensino de Fonética tem seguido parâmetros lingüísticos aplicados ao estudo da língua materna. São objetivos da disciplina Fonética os seguintes: a) Reconhecer propriedades da fala, discriminando fonética de fonologia; b) Classificar articulatoriamente os sons das línguas naturais; c) Dominar bases acústicas de classificação dos sons das línguas naturais; d) Reconhecer os mecanismos básicos subjacentes à fonética perceptiva; e) Identificar aspectos fonéticos entoacionais: ritmos, duração e intensidade; f) Identificar e dominar algumas técnicas de análise do material fonético.

Em geral, não há exigência, para os estudos fonéticos, de pré-requisitos. Assim, em termos de conteúdo programáticos os docentes europeus trabalham em sala de aula: 1. A cadeia da fala; 2. Aspectos da fonética articulatória: o aparelho fonador, classificação articulatória e sua relevância lingüística; 3. Aspectos da fonética acústica: o som da fala, bases acústicas de classificação dos sons, técnicas laboratoriais de análise do som; 4. Aspectos da fonética perceptiva: do ouvido ao cérebro; pistas para o processamento segmental; testes perceptivos e 5. Características fonéticas supra-segmentais: propriedades acústicas associadas ao acento e entoação.

A bibliografia compulsada é DELGADO MARTINS, Maria Raquel, Ouvir falar: Introdução à fonética do Português, Lisboa, Caminho, 1988 HARDCASTLE, William J. & John LAVER (eds.), The Handbook of Phonetic Sciences, Oxford, Blackwell Publishers (Blackwell Handbooks in Linguistics), 1999; LADEFOGED, Peter, Vowels and consonants: An introduction to the sounds of language, Oxford, Blackwell Publishers, 2001.;LAVER, John, Principles of Phonetics, Cambridge, Cambridge University Press, 1994 e MATEUS, Maria Helena et al., Fonética, Fonologia e Morfologia do Português, Lisboa, Universidade Aberta, 1990.

Quanto ao método de ensino, são os seguintes procedimentos: aulas teóricas. Aulas práticas: resolução de exercícios, workshop e laboratório. No que toca ao método de avaliação:resolução de exercícios nas aulas práticas. Resolução de exercícios em casa. Teste final. Em Portugal, não falam em cursos de Letras ou Lingüística, mas em cursos de licenciatura em Ciências da Linguagem (Licenciatura).

No que diz respeito aos estudos de fonologia (e fonêmica), os docentes europeus têm procedido de maneira muito semelhante aos procedimentos didático-peagógicos de Fonética. São Objetivos da disciplina: a) Identificar o objeto de estudo da fonologia, reconhecendo a sua base fonética; b) Dominar metodologias para identificação do inventário fonológico das línguas naturais; c) Conhecer as bases de classificação sub-segmental dos sons, aplicando-a para a formulação de regras fonológicas; d) Dominar os instrumentos de análise necessários à descrição e análise do funcionamento da sílaba; e) Descrever e analisar processos de harmonia consonântica e vocálica; f) Descrever e analisar propriedades métricas das línguas, em particular, o acento de palavra e g) Descrever e analisar características fonológicas supra-segmentais.
No referente aos conteúdos de fonologia, eis o programa: 1. O objeto de estudo da fonologia; 2. Inventário(s) fonológico(s) e classificação sub-segmental dos sons.3. Processos fonológicos segmentais: assimilação, dissimilação, inserção, queda, metátese; 4. A sílaba: estrutura interna e restrições fonotácticas; 5. O acento de palavra. 6. Processos de harmonia numa perspectiva auto-segmentai e 7. Hierarquia prosódica e entoação.
A Bibliografia compulsada é : (a) GOLDSMITH, John A. (ed.), The Handbook of Phonological Theory, Oxford, Blackwell Publishers (Blackwell Handbooks in Linguistics), 1995; (b) GOLDSMITH, John A. (ed.), Phonological Theory, Oxford, Blackwell Publishers, 1999; (c) KENSTOWICZ, Michael, Phonology in Generative Grammar, Oxford, Blackwell Publishers, 1994; (d) ROCA, Iggy, Generative Phonology, London: Routledge, 1994 e (e) ROCA, Iggy & W. JOHNSON, A Course in Phonology, Oxford, Blackwell Publishers, 1999
A Fonética é a ciência que estuda as propriedades acústicas dos sons da fala, as condições fisiológicas necessárias para a produção dos mesmos e a forma como estes são percebidos, independentemente das oposições paradigmáticas ou das combinações sintagmáticas que os sons possam estabelecer nas línguas particulares, campo de estudo cuja responsabilidade já é da alçada da fonologia.

A fonética divide-se em três grandes ramos, de acordo com os estádios sucessivos que possibilitam a transmissão de uma mensagem de um locutor para um ouvinte, num ato de comunicação oral. Deste modo, numa primeira fase da elaboração da mensagem, irão intervir os mecanismos de produção da fala, o seja, todas as estruturas anatômicas e as configurações articulatórias fundamentais para a produção de sons, processo este estudado pela fonética articulatória ou fisiológica; numa segunda fase, será necessário analisar a natureza física dos sons produzidos pelo falante, aspecto de que se irá ocupar a fonética acústica; finalmente, numa última fase, há que ter em conta os mecanismos de percepção do ouvinte, cujo estudo se designa tradicionalmente como fonética perceptiva ou auditiva.

Assim, segundo a lingüista Maria Helena Mira Mateus, os objetivos da fonética, enquanto disciplina lingüística, passam não só pelo estabelecimento das “(...) propriedades acústicas, articulatórias e perceptivas (...) que ocorrem nas línguas particulares”, mas também pelo modo como aqueles se relacionam entre si e pelo “(...) entendimento da natureza da relação entre as representações lingüísticas e as representações sonoras” (Fonética, Fonologia e Morfologia do Português, Universidade Aberta, Lisboa, 1990, p.24) .

A fonética articulatória tem contribuído fundamentalmente para a fundação da descrição lingüística, permitindo a classificação dos sons da fala de acordo com o contexto no qual os mesmos são articulados. A classificação mais importante é aquela que distingue as vogais das consoantes, muito embora alguns estudiosos ponham em causa a sua validade, devido à dificuldade em estabelecer uma definição precisa da diferença articulatória entre estas duas classes de sons.
O ramo da fonética acústica tem-se dedicado essencialmente à análise das propriedades físicas dos sons da fala e às correspondências entre traços acústicos e elementos dos sistemas fonológicos das línguas. De modo a concretizar este objetivo, a referida disciplina recorre a métodos de investigação e técnicas instrumentais entre as quais se devem destacar o uso de espectrogramas de sons, nas décadas de 50 e 60, e a utilização de técnicas informáticas de processamento da fala, a partir da década de 70. Importa, porém, frisar que o real interesse da física do som assenta na relação que esta estabelece com os outros domínios da investigação do sistema lingüístico, nomeadamente o articulatório e o perceptivo.

Relativamente ao estudo da percepção da fala, este tem sido desenvolvido com base em diversas técnicas de análise que envolvem as respostas do ouvido, do nervo auditivo e do cérebro aos sons da fala. Segundo o lingüista Peter Ladefoged (1982), dois dos métodos que mais têm contribuído para o avanço da fonética perceptiva são aqueles que se baseiam em experiências envolvendo a speech synthesis e a manipulação do natural speech stimuli. Tais experiências têm contribuído para a construção de um sistema informático cuja função é a produção de respostas adequadas a um vasto leque de dados acústicos, no decorrer das décadas de 80 e 90.

Todo o processo de análise lingüística referido anteriormente pode ser perspectivado de acordo com diversos tipos de estudos fonéticos, tais como a fonética comparada (estudo comparativo dos sons em duas ou mais línguas diferentes), a fonética histórica (estudo da evolução dos sons no curso da história da língua) e a fonética descritiva (análise dos sons de uma língua num momento dado da sua evolução), entre outros.
No que se refere à tradição do estudo da fala e da linguagem, esta não provém da Europa Ocidental, como possa parecer, mas sim da Índia, país onde , entre os séculos VI e II antes de Cristo, diversos escritores tentaram, pela primeira vez, formular uma doutrina de classificação dos sons da fala. Os seus esforços foram continuados por autores gregos , entre os quais se devem destacar nomes como Hipócrates, Aristóteles e Galeno. Os dados reunidos neste período, muito embora fossem inconsistentes e pouco sistemáticos, constituíram a base para o aprofundamento do estudo da fala durante o Renascimento, com a ajuda de figuras como Leonardo da Vinci e Vesalius.

Com a chegada do século XVIII e mais tarde do XIX, os estudos sobre fonética passam sobretudo a relacionar-se com questões sobre a maneira correta de falar, preocupação esta que permitiu o desenvolvimento de uma das teorias mais populares da época – a teoria fonética articulatória clássica – cujo fulcro, em certa medida, encontrou continuidade em algumas teorias fonéticas mais recentes, como a teoria dos traço distintivos de Chomsky e Halle (1968).

Outro aspecto importante que irá marcar as investigações fonéticas a partir deste período será a substituição da natureza qualitativa das pesquisas efetuadas até então por métodos quantitativos mais fiáveis e o crescente contributo de outras áreas científicas, tais como a engenharia electrotécnica, a física, a fisiologia e a psicologia para o estudo da disciplina em questão.

O desenvolvimento da fonética moderna teve ainda como contributo importante a formulação da teoria acústica da produção da fala pelo físico alemão Muller em 1848, graças à qual foi possível relacionar os estádios articulatório e acústico da produção da fala. O aprofundamento desta linha de investigação permitiu a obtenção de resultados importantes, por diversos estudiosos, até a década de 60, resultados estes que viriam a revelar-se o alicerce para o estudo compreensivo das propriedades fonéticas da fala, dotando a fonética com o estatuto de disciplina lingüística autônoma.

Mais recentemente, têm-se vindo a aprofundar outras linhas de estudo da fonética, nomeadamente no que diz respeito à investigação de ponta, apenas concretizada a nível laboratorial (fonética experimental) e à perspectiva da fala como um sistema fisiológico, no qual interagem, de diversas maneiras, as variáveis articulatórias do aparelho vocal (fonética paramétrica).

2.2. Estudos fonêmicos e fonológicos do Português

Ramo da Lingüística que estuda os sistemas sonoros das línguas do ponto de vista da sua função no sistema de comunicação lingüística. Da grande quantidade de sons que o aparelho vocal humano consegue produzir, e que é estudado pela fonética, apenas uma pequena parte é usada distintivamente em cada língua, aspecto que é precisamente desenvolvido pela fonologia. A fonologia obriga, portanto, a um exercício de abstração a partir do nível sonoro das línguas, exercício cujo objetivo consiste na procura de generalizações significativas através da análise de fonemas, segmentos, traços distintivos ou quaisquer outras unidades fonológicas de acordo com a teoria usada.

Esta mesma análise, da qual os estudos sintáticos e morfológicos constituem complementos, determina, por sua vez, a organização de um sistema de contrastes sonoros que permitem, por exemplo, explicitar as unidades fonológicas que distinguem , numa mesma língua, duas mensagens de sentido diferente (veja-se a título de exemplo a diferença fonológica no início das palavras do português – bala e mala).
Muito embora os estudos fonológicos se tenham iniciado num período histórico bastante recuado, a emergência da fonologia como ciência lingüística só ocorre na primeira metade do século XX com o desenvolvimento do estruturalismo nos Estados Unidos e na Europa. Os trabalhos do Círculo de Praga, em particular as contribuições de Nikolai S. Trubetzkoi e de Roman Jakobson, permitiram reconhecer o princípio de oposição fonológica como a base da organização dos sistemas sonoros, ao passo que o estruturalismo americano, no qual se devem destacar figuras como Bloomfield e Edward Sapir, baseou o seu conceito de fonema em critérios essencialmente distribucionistas.

Em 1968, a publicação da obra The Sound Pattern of English de Chomsky e Halle irá constituir uma virada lingüística na orientação dos estudos fonológicos efetuados até então ao introduzir a fonologia gerativa.

Contrariamente à interpretação estruturalista da fonologia como um nível autônomo de descrição lingüística, a gramática gerativa considera e existência de traços fonéticos, fonológicos, morfológicos e sintáticos, pelo que o fonema enquanto unidade básica de descrição fonológica é substituído pelo que se convencionou chamar de distinctive features of a universal character (princípios substantivos universais)

2.3. Novos referenciais teóricos no mercado editorial

Nos últimos anos, tenho acompanhado algumas novidades na área de estudos fonéticos e fonológicos, particularmente os últimos. Citaria, por exemplo, CAGLIARI, Luis Carlos. Análise fonológica: introdução à teoria e à prática com especial destaque para o modelo fonêmico (Mercado de Letras, 2002). O autor, um dos maiores estudiosos da descrição fonológica, mostra como aprender a refletir fonologicamente a realidade sonora da linguagem humana. No livro, o modelo fonêmico é usado como base paraa reflexão fonológica.

Duas obras têm sido destinadas à sala de aula. A primeira obra que me chama a atenção, pelo seu valor didático-pedagógico, é de FERREIRA NETTO, Waldemar. Introdução à fonologia da língua portuguesa (Hedra, 2001) e mais recentemente, também, dirigida ao publico de graduandos em Letras, temos a obra SIMÕES, Darcília. Considerações sobre a fala e a escrita: fonologia em nova chave (Parábola, 2006). Ambas, permitindo uma boa reflexão sobre o papel da fonologia na escrita ortográfica.